Por Will Rodrigues

Na semana passada, o PSB oficializou a entrega das pastas pelas quais respondia no Governo do Estado. A atitude reforçou o discurso do líder de honra do partido, o senador Antônio Carlos Valadares, acerca de um possível desligamento da chapa majoritária, que já tem o PMDB e o PT. Contudo, acompanhando o que já havia sido declarado pelo presidente estadual do partido, o deputado federal Valadares Filho, o vereador Lucas Aribé (PSB), argumenta que a decisão foi tomada com o intuito de deixar o partido mais independente - sobretudo pelo fato de ter pré-candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que precisará ter um palanque em Sergipe. O vereador salienta que a ideia não é se opor ao governo Jackson Barreto (PMDB).

“A saída foi apenas para que o partido tenha mais liberdade nesse período de conversa com as agremiações em busca de garantir uma parceria em Sergipe, por conta da candidatura de Eduardo Campos. O PSB esta conversando com todos os partidos,inclusive com o PMDB.”, afirma Aribé, lembrando que o único desejo da legenda é continuar ocupando uma vaga na chapa majoritária, como ocorre desde 94.

Já o vereador Max Prejuízo (PSB) acredita que a atitude não representa um gesto de rompimento e que as conversas permanecem. “O PSB deixa o governo, mas isso não impede que uma nova conversa possa acontecer”, explica.

Quanto à possibilidade de um acordo com a chapa comandada pelo PSC, do senador Eduardo Amorim, Lucas deixa claro que, neste momento, nenhuma hipótese pode ser descartada. “A coligação que aceitar a pretensão do partido terá o nosso apoio. Nós não estamos saindo, nem fazendo oposição, mas é bom lembrar que existe sempre a possibilidade de manutenção do grupo aliado”, diz.

Foto: Acrísio Siqueira / CMA