Por Fernanda Araujo

Nesta quinta (1), comemora-se o Dia do Profissional de Educação Física. Uma data que valoriza o trabalho desses educadores responsáveis pela saúde e qualidade de vida das pessoas.

Preocupados em qualificar o próprio trabalho, estes profissionais atuam em fatores de risco, como a prevenção de doenças e procuram acompanhar o andamento físico de seus alunos. Além de ampliarem o leque de trabalho.

Para o presidente do Conselho Regional de Educação Física (CREF), Gilson Dória, o profissional de educação física é importante para a saúde pública. “Eu costumo dizer que sem exercício físico não se tem saúde. O profissional atua com fatores de risco e trabalha para evitar a doença”, aponta.

Ao F5 News, o presidente ressalta que o mercado de trabalho em Sergipe para os educadores está amplo e favorável, além de ter uma grande procura entre a população jovem e idosa. Ele declara que é necessária uma maior interação com a turma da terceira idade. “A população hoje tem procurado o profissional priorizando a qualidade de vida e não só a estética. A população está envelhecendo e a clientela terceirizada não é muito explorada”.

O professor de musculação e coordenador de uma academia da Zona Sul da capital, Marcelo Andrade, diante da necessidade da população em priorizar a saúde, comenta as dificuldades que os profissionais da área ainda possuem. “A dificuldade é a má remuneração e a falta de cursos, principalmente na área de musculação, para que os professores sejam mais atuantes e aumentem os conhecimentos. Se investissem mais em cursos, seria interessante tanto para nós profissionais, quanto para nossos clientes”.

De acordo com o presidente do CREF, o governo tem procurado qualificar esses profissionais, com cursos de especialização através das academias de saúde e das universidades, mas declara também que há uma necessidade de um trabalho educacional nas escolas, que viabilize a importância de se educar com exercícios físicos. “É necessário um trabalho de educação nas escolas, fazer um trabalho diferenciado não só para o esporte, mas incorporar a atividade física à qualidade de vida” comenta Gilson Dória, ressaltando a importância da boa orientação desses educadores aos alunos.

Para ele a procura por esses profissionais tem sido grande e isso reforça o valor e a integração de pessoas interessadas em entrar nesta carreira. “A procura dos alunos aos profissionais é prova da valorização do educador”.

A aluna da academia, Jaqueline Lima Sacramento, reforça que o profissional de educação física é essencial para o desenvolvimento físico, não bastando apenas ir a uma academia e simplesmente malhar, é fundamental o acompanhamento do educador. “Eu escolho a academia de acordo com o profissional que irá me orientar. Justamente para que eu possa ter uma assessoria boa e eu obtenha resultados sem me machucar e ter prejuízo com o meu condicionamento, então, sempre um bom profissional acompanhando é importante”.

Ela completa que o incentivo deste profissional é uma injeção de ânimo. “Ele ajuda você a não desanimar, porque tem dias que estamos preguiçosos, o que é normal. Mas, é a partir daí que o profissional, incentiva a continuar o exercício físico”.

Para incentivar, o professor Marcelo Andrade conta que em casos de desinteresse dos alunos, ele procura ter flexibilidade e diversificar as atividades físicas, a exemplo do Spinning e o Jump.

Ele diz que hoje o leque de profissionais tem crescido ao longo dos anos, a exemplo do Personal Trainer, e que os alunos são os maiores responsáveis por isso. “Os próprios alunos quando precisam de um trabalho personalizado ao trabalho do Personal, eles mesmos divulgam o trabalho”, conta.

Com otimismo, o professor conclui que o trabalho de profissional em educação física é gratificante. “O educador começa a treinar a pessoa e percebe que ela está tendo uma melhora, tanto na parte de perder peso, como na diminuição do nível de colesterol, por exemplo. Ou também, melhoras em pessoas que precisam de reabilitação física, por causa de alguma lesão, daí me sinto gratificado”.