O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) se manifestou, no Plenário, durante a discussão sobre o requerimento de urgência para a votação do PLC 14/2013, que restringe o acesso das novas legendas ao tempo de propaganda na TV e aos recursos do fundo partidário. Para Valadares a votação do requerimento tem o objetivo de dispensar a passagem pela de Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) e seja votado pelo Plenário, imediatamente, sem uma discussão mais aprofundada das suas consequências e dos seus efeitos.

“É estranhável que, há tantos anos, desde o século passado, discute-se Reforma Política, e há um projeto pronto e acabado de um dos integrantes mais eminentes do Partido dos Trabalhadores, o Deputado Fontana, do Rio Grande do Sul, que teve centenas de audiências públicas por este Brasil inteiro, ouvindo especialistas, advogados, prefeitos, vereadores, autoridades de todos os matizes, não consiga a atenção do Congresso Nacional, pelo menos, o respeito de ter sido debatido no âmbito da Câmara dos Deputados para que pudéssemos saber da sua validade ou não”, disse.

Na opinião de Valadares é estranho que depois de tantos anos de debate sobre a Reforma Política, que começou a ser debatida no Senado, surja em 2013 um penduricalho como esse. “E não vamos colocar a Presidenta Dilma como autora dessa iniciativa. Creio que essa iniciativa é para agradar quem está momentaneamente no poder, sem consultar nem a sociedade, nem os detentores do poder. Votarei contra o requerimento atendendo aos ditames da minha consciência. Sou favorável ao fortalecimento dos partidos. Mas, com relação a esse projeto acho que houve a tentativa de prejudicar alguém”, disse. O senador acrescentou que é favorável a fidelidade partidária, mas aprovar esse projeto, que caiu de algum lugar, e não a Reforma Política tem uma natureza suspeita.

Foto: Reinaldo Ferrigno/Ascom

Fonte: Assessoria de comunicação do senador