Com um telão em frente à Câmara Municipal de São Cristóvão, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município apresentou aos populares na noite de ontem (19), como a cidade foi encontrada pela atual administração no dia 1º de janeiro.

Após levantamento feito por uma empresa de auditoria, o secretário da pasta, João Nascimento, organizou os dados, levando-os à sessão ordinária que abriu os trabalhos do legislativo.

Segundo o secretário, o que desequilibrou as finanças do município foi um aumento nas despesas na educação, nos anos de 2011 e 2012; a não verificação de observância do limite legal e prudencial de gastos com o pessoal; o desequilíbrio fiscal e a baixa produtividade.

“Com isso, herdamos hoje uma dívida que ultrapassa os R$ 43 milhões. Deste valor R$ 974 mil a fornecedores, R$ 6 milhões de um débito não contabilizado, R$ 1 milhão de encargos, R$ 25 milhões de INSS e R$ 4 milhões de empréstimos consignados com a Caixa Econômica Federal, negativando os servidores”, explicou João.

“Além disso, temos um débito de R$ 2 milhões com a Energisa, os precatórios estaduais chegam a R$ 1. 600 milhão e os trabalhistas R$ 1 milhão. São números absurdos que nos mostram o quanto a prefeitura de São Cristóvão está endividada”, completou.

Para tirar o município da situação de sufoco, a prefeitura tem tomado algumas medidas com vistas a estabilizar o lado financeiro. Um delas foi a readequação dos salários dos servidores.“ Fizemos o recadastramento para saber quanto profissionais temos na casa e precisamos readequar os salários retirando temporariamente algumas gratificações para reajustar as finanças”, ressaltou João.

Outra medida que deverá ter tomada, em breve, pela atual gestão é implantar pontos eletrônicos nas repartições para detectar de que forma os trabalhos tem sido executados pelos servidores. “É uma forma de valorizar quem realmente comparece ao trabalho. Os direitos devem ser iguais”, concluiu.

Fonte: Prefeitura Municipal de São Cristóvão

Fotos: Jr. Ramalho/ Ascom