Por Joedson Telles  

O vice-governador Jackson Barreto (PMDB) assegurou que, mesmo que o governador Marcelo Déda (PT) permaneça no cargo o fim do mandato, dezembro de 2014, o seu projeto de disputar o governo do Estado estará de pé, e nas mãos de Deus. “Eu não vou mudar plano nenhum. As coisas acontecem de forma natural. Déda é o dono da cabeça dele.  Eu respeito muito Marcelo Déda. Tenho que compreender que fui eleito vice-governador”, observou  JB, enfatizando que a discussão precisa ser feita dentro deste parâmetro. “Nós somos responsáveis por um projeto. E nosso projeto tem começo meio e fim. O que eu posso lhe dizer é que nunca fugi de qualquer parada. Sempre estou disponível, com disposição para o trabalho. Sou temente a perder a amizade dos meus amigos, mas sou mais temente a perder o amor de Deus.”      

Segundo Jackson, na hora em que o grupo sentar à mesa para definir os detalhes das eleições, necessariamente, os caminhos terão que ser definidos. Porém, o grupo não discute eleição neste momento.“Ainda não estamos neste processo de discussões, porque, na verdade, o problema da saúde do governador também tem a ver com essa questões”, observou JB, salientando que quem é amigo de Déda, quem gosta de Déda, está rezando pela sua saúde. “Como faço diariamente. Colocamos um ponto nesta discussão (eleições), e vamos nos preocupar com a saúde do governador e com o Proinveste”.

Apelo

Jackson Barreto fez um apelo a políticos, jornalistas e radialistas que especulam sobre o afastamento ou não do governador Marcelo Déda antes do final do seu mandato. “Peço as pessoas que não façam intrigas. ‘O governador vai sair. O governador não vai sair. Como vai ser...’ O governador tem livre arbítrio. É o nome da nossa chapara para senador, mas é ele quem vai decidir. De sorte, que da minha parte eu digo assim: Marcelo Déda fique em paz. Se eu tivesse o poder divino, você estava com plena saúde, para sair do governo conforme a sua vontade e a lei. E o resto, deixe na mão de Deus”, disse Jackson.   

Sobre a possibilidade de não ter o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) no seu palanque, já que o presidente nacional do partido, Eduardo Campos, pode disputar à Presidência da República contra a presidente petista, Dilma Rousseff , obrigando, assim, Valadares a deixar o palanque do PT, Jackson se mostrou despreocupado. “Tudo isso é suposição. E não vou discutir sobre suposições. Tenho ouvido do senador Valadares as palavras mais amistosas, carinhosas, afetivas, de incentivo e estímulo para que a gente leve o nosso projeto adiante”, garantiu.       

Proinveste

Jackson Barreto comentou, por fim, a polêmica Proinveste. Ele explicou que tem se reservado ao direito de não comentar o assunto, porque houve um acerto para que o próprio governador Marcelo Déda tratasse da questão. Entretanto, JB observou que o importante sobre as obras não é saber se o mérito cabe à oposição ou à situação: mas entender que há recursos, e Sergipe não pode se dar ao luxo de perdê-los. Jackson  salientou que ciente disso, o governador tem trabalhado com a Assembleia Legislativa no sentido de evitar que um estado pequeno como Sergipe rejeite recursos da ordem de R$ 700 milhões.

“Estou lendo na mídia que os entendimentos estão sendo realizados. O projeto já está na Assembleia. Vamos aguardar sua aprovação, para que haja a aplicação destes recursos dentro do elenco de obras que estão sendo anunciadas. Realmente, está provado para a opinião pública que o Proinveste não era: ele é fundamental para a economia, porque você não tem apenas as obras, mas todo um comércio que se revigora. Se fortalece na venda de materiais de construção. Você tem milhões de operários trabalhando. Empregos. Circulação de dinheiro. Já pensou Sergipe perder a oportunidade de ter R$ 500 milhões, R$ 600 milhões colocados na sua economia?”, indagou.