“Meu problema é no pé e não na cabeça”,diz Jackson ao reassumir o cargo
Governador confirma pagamento todo dia 11 e vai acionar Força Nacional Política 16/11/2015 09h50 |Da Redação
Após três meses cuidando do pé esquerdo, o governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), reassumiu o cargo na manhã desta segunda-feira (16). Em seu discurso, o peemedebista falou que, apesar da crise econômica, o momento é de otimismo. Jackson tocou em dois pontos que mexem bastante com a população e têm sido os alvos prediletos dos críticos ao seu governo - segurança pública e pagamento de salários. Ele confirmou que os servidores estaduais passarão a receber todo dia 11 do mês subsequente e anunciou que vai solicitar a presença de mais equipes da Força Nacional para o Estado.
Tentando transparecer entusiasmo e felicidade, Jackson disse que volta satisfeito por ver que, mesmo com sua ausência, o Estado, na ótica dele, continuou avançando. O governador enalteceu o seu vice, Belivaldo Chagas (PSB), afinal foram muitos os percalços, entre greves, imbróglios judiciais e problemas com a folha de pagamento.
“O governo não parou e as palavras de Belivaldo (que tinha acabado de prestar contas) são testemunha, não apenas elas, mas também suas ações. É uma pessoa que a gente sabe que pode contar nesse Estado. Os secretários também foram solidários e deram andamento ao nosso projeto, mostrando compromisso com a população. A Alese também nunca nos faltou”, afirma.
O governador anunciou a assinatura de um decreto solicitando envio de mais homens da Força Nacional para reforçar a segurança. Estudos recentes colocaram Sergipe como um dos estados que encabeçam o ranking dos locais mais violentos do país. JB também confirmou que o pagamento do funcionalismo passará a ser feito sempre quando o Estado já tiver acessado os recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). “Vários Estados estão nessa situação. Não queremos que o servidor fique na angústia de receber parcelado e até superarmos as dificuldades - que não foram criadas apenas por nós, mas retratam a situação do país - os salários serão pagos dia 11 do mês subsequente. Não vamos mais parcelar”, assegura Jackson, acrescentando que o repasse do FPE no mês de outubro teve uma redução de R$ 20 milhões em relação ao mesmo mês de 2014.
Barreto garante que o cenário adverso provocado pela crise econômica que o país enfrenta não deve afetar mais ainda o menor Estado da federação. Ele espera que os bons ventos voltem a soprar e para justificar a expectativa citou obras e investimentos, a exemplo da primeira termoelétrica do Estado, a Usina Porto de Sergipe I, que deve ser a maior do Brasil, cujo início da construção está previsto para janeiro de 2016, mas só deve entrar em atividade no final da década, em 2020. “O Estado não vai parar, não há motivo para desânimo, temos que confiar em nosso Estado e no país. A nossa vontade é continuar trabalhando. Nesse tempo divulgaram também notícias mentirosas sobre a minha saúde, mas quem me conduz é Jesus, meu problema de saúde é o pé e não cabeça. Mesmo assim, com o pé a gente vai avançando e a cabeça funcionando muito bem”, alfinetou.
O governador não falou sobre mudanças no primeiro escalão e na semana passada afirmou que só deve reavaliar o governo após o carnaval de 2016, mas circula nos bastidores a informação de que uma possível dança das cadeiras já estaria sendo planejada para ocorrer ainda este ano. Após a passagem do cargo, Jackson concede uma entrevista coletiva e depois terá uma reunião com o secretariado.
Foto: divulgação ASN
