Por Fernanda Araujo

Antes da assinatura da ordem de serviço para a recuperação da praça Camerino, no centro da capital, nesta segunda-feira (11), o prefeito João Alves Filho (DEM) falou à imprensa sobre a retirada dos ocupantes do bairro 17 de Março, na Zona de expansão de Aracaju (SE).

Desde novembro do ano passado já somam 2,5 mil pessoas moradoras das áreas de risco do bairro Santa Maria e dos circunvizinhos que ocuparam as 800 casas construídas pelo programa social Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. Sob ordem judicial e pedido de reintegração de posse, as famílias, que segundo eles não têm para onde ir, devem ser despejadas.

Para o prefeito, não há o que fazer. “Nós não temos controle, está na mão do Judiciário, o juiz já se pronunciou de maneira firme e correta, de que tem que haver um planejamento para a retirada. É este assunto que está sendo esperado: um pronunciamento do juiz sobre a data em que irá acontecer o despejo”, disse.

A ocupação aconteceu ainda na gestão anterior, do prefeito Edvaldo Nogueira, segundo as famílias, por motivo de estarem cadastradas e não terem sido sorteados, pelos atrasos na entrega das casas, além de muitas pessoas sorteadas nunca terem morado em invasões e muito menos possuírem o cadastro no Programa.

“Eles invadiram de uma forma brutal, invadiram sem ter água, esgoto, está um caos. As famílias que se prepararam e foram selecionadas não estão podendo ocupar e elas precisam ser respeitadas. O prefeito Edvaldo Nogueira, agindo corretamente, a meu ver, entrou com pedido na Justiça para ser entregue às pessoas selecionadas, senão a gente não pode fazer nenhum empreendimento porque será invadido. O juiz já deferiu, mas precisa agora o juiz estabelecer os prazos para providenciar a retirada dos invasores pela PM”, afirma João Alves.

Foto: Fernanda Araujo

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