Por Joedson Telles

Ressalvando entender a preocupação de alguns ambientalistas, o vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado (PSDB), lamenta o que define como a existência de um cunho político muito forte, impedindo a Prefeitura de Aracaju de executar obras de contenção de águas na avenida Beira Mar. O vice-prefeito observa que em 12 meses o governo João Alves enfrenta mais ações civis públicas que nos 12 anos das gestões Marcelo Déda (PT) e Edvaldo Nogueira (PC do B).  

“Já se provou por diversas vezes que não se trata de aterro do Rio Sergipe. Que se está trabalhando o Rio Poxim. Aquilo já foi uma praia. Questionam, e colocam dentro da obra 15 pessoas preocupadas. Já que têm preocupação pelo meio ambiente manifestem também pela profunda poluição hoje que afeta o rio de uma forma mais agressiva do que até a obra. Os mangues do Parque Tramandaí se acabaram e não vi nenhuma manifestação ambientalista”, disse, apostando no bom senso, para que, finalmente, as obras possam ser executadas pela Prefeitura de Aracaju .

Machado lembra que se vive num regime democrático e, apesar de a movimentação de alguns ambientalistas ser justa, é preciso ouvir também o que pensa a maioria da população. “Eu tenho recebido telefonema de vária pessoas indignadas com essa samba do crioulo doido de parar e recomeçar. O fato é que eu não tenho dúvida nenhuma que nós vamos concluir a obra no menor espaço de tempo possível. Mais da metade está executada e depois é a população de Aracaju que vai concluir que a obra em hipótese nenhuma afete o Rio Sergipe e aquela área vai ser melhorada e muito, e o risco que existe até hoje de danos materiais ao bem público e privado e a pessoa humana vai deixar de existir. Mas cada dia é uma ação”, diz.

Segundo o vice-prefeito, com um levantamento é possível perceber que nesses 12 meses de João Alves à frente da PMA, a administração municipal tenha sido alvo de Ação Civil Pública mais do que nos últimos 12 anos, quando a prefeitura foi governada pelo PT, e posteriormente, pelo PC do B. Machado diz que não tem nada a ver uma coisa com a outra, mas parece que quando envolve o nome de João a coisa ganha uma dimensão estratosférica.

“Transformar o Rio Poxim no Rio Sergipe. Ao fazer isso deram ao problema  uma dimensão federal que não existia antigamente. Quando o prefeito Edvaldo anunciou a obra com pompas e disse que era o projeto que pretendia executar eu não vi nenhum ambientalista protestar e manifestar preocupação. Quando é João, as coisas crescem de forma assustadora. O bom senso sempre prevalece. A obra vai estar concluída e depois de pronta esses hoje que estão contra vão concluir que a obra era necessária”, diz.