Cai o número de mulheres na nova legislatura municipal em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Cai o número de mulheres na nova legislatura municipal em Aracaju
As duas vereadoras eleitas comentam esse quadro
Política 05/01/2013 13h18 |


Por Elisângela Valença

Aracaju começa 2013 com novos gestores municipais e novos vereadores. Apesar de a Câmara Municipal de Aracaju ter aumentado o número de vereadores de 19 para 24, diminuiu a participação feminina, que caiu de quatro para duas vereadoras, ambas em primeiro mandato. Se isso é um reflexo do machismo ainda inerente à sociedade no resultado eleitoral, passa praticamente batido pelas vereadoras eleitas Daniela Fortes e Lucimara Passos.

Na vida política desde 1995, quando começou na militância estudantil, Lucimara ressalta uma mudança na postura da sociedade com relação à mulher. “Não há como negar que o machismo ainda existe e é muito forte no meio político, mas a sociedade já enxerga a mulher como uma possibilidade, apesar da desvalorização histórica”, disse, lembrando o fato de termos uma mulher na Presidência da República e muitas outras governando Estados e Municípios.

“A política é um jogo bruto e o homem conta com o apoio da mulher em atividades que ele não está preparado. No meu caso, tenho que ser esposa, mãe, mulher, dona-de-casa, gestora pública, vereadora. Não estou falando mal de meu marido, que é maravilhoso, mas tem coisas que o homem tem dificuldade de se adaptar”, disse Lucimara.

Para ela, o maior desafio de seu mandato é fortalecer a comunicação com a população. “A representação do voto, do mandato, só se efetiva com a participação popular. É preciso que se tenha canais efetivos de diálogo com a população”, diz. “E a presença feminina facilita isso. A mulher torna tudo mais suave, mais leve, mais sensível, sem perder a seriedade e a responsabilidade”, completou.

A vereadora Daniela Fortes traz a experiência política de casa. Sempre acompanhando o pai, o pastor e político Daniel Fortes, ela diz que os desafios virão do próprio trabalho. “Eu nunca senti resistência, nem no trabalho na igreja, nem no trabalho político, a prova disso é que estou chegando e já fazendo parte da mesa diretora como primeira secretária”, disse.

“O maior desafio será a luta por saúde, para que o cidadão tenha dignidade e respeito no atendimento médico, acesso real à medicação, exames, bom atendimento”, disse a vereadora.

Daniela acredita que a redução do número de mulheres eleitas para esta nova legislatura é digno de nota. “Este fato merece, no mínimo, uma reflexão. Não foi falta de capacidade de quem estava em mandato para ser reeleita e o eleitorado teve outras ótimas opções durante as eleições. É preciso, sim, uma avaliação sobre o acontecido”, disse.

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