Por Joedson Telles

Principal estrela do PSDB para disputar a Presidência da República, em 2014, o senador mineiro Aécio Neves vai tentar persuadir o deputado federal Adelson Barreto a assinar a ficha de filiação dos tucanos. Sem partido desde que conseguiu na Justiça deixar o PSB sem perder o mandato, Adelson Barreto já foi procurado por líderes políticos sergipanos como o governador Marcelo Déda (PT), o prefeito de Aracaju, João Alves (DEM) e o senador Eduardo Amorim (PSC). Segundo o deputado mais votado da última legislatura, não há problema em sentar à mesa e conversar de forma civilizada com todos que o procura, para depois tomar sua decisão. O deputado adiantou que pretende levar outros políticos com ele– inclusive o vereador Adelson Barreto Filho, caso seja um partido novo. Todavia, afirma que ainda não tem definição.

“Estamos conversando com algumas agremiações partidárias. Já tive uma conversa preliminar com o prefeito João Alves, com o vice-prefeito Machado. Também já conversei com o presidente Nacional do PSDB, Sérgio Guerra, recebi um recado que o senador Aécio Neves vai estar me ligando. Quer falar comigo. Já tivemos uma conversa com Amorim. Estamos conversando com todos. Com o PC, Partido Cristão, que é novo. Com o membros do PDT. É natural. Momento de avaliação. De ouvir quais são as propostas, os projetos dos partidos. Como eu penso política. De emitir minha opinião. Dizer o que queremos. Vou tomar a decisão de estar em um partido que mais esteja próximo da minha forma de fazer política”, disse se furtando revelar detalhes das conversas. “São sigilosas.”

Adelson disse ainda que não importa a cor da bandeira ou o tamanho do partido. Tampouco a ideologia, desde que a nova legenda lhe dê condições de executar seu modo de fazer política. “Onde eu me sinta confortável e possa colocar em prática aquilo que sempre desejei. Mas que, infelizmente, fui podado. Este é o momento. O mínimo que podemos fazer é a exigência para que possamos estar no mundo político, e que façamos política como eu sempre quis fazer: em parceria cada vez mais com a população. Com o povo. Sem estar atrelado à liderança ‘A’, ‘B’ ou ‘C’. Não dá mais para fazer política num gabinete – sem ouvir a população. Temos ideias e projetos e estamos fazendo revelação para estes os partidos que nos tem procurado, e, com fé em Deus, vamos encontrar o partido para que possamos fazer política com a minha participação efetiva”, disse Adelson, que não conversou com Jackson Barreto (PMDB) porque não foi procurado.