Por Elisângela Valença

Apesar de hoje (09) ser véspera do Dia das Mães, o centro comercial de Aracaju teve uma manhã de sábado como qualquer outra. O fluxo de gente não foi muito diferente de outros dias e o fato de muita gente ainda estar pesquisando preço para o presente da mamãe aponta que a coisa não está muito boa.

“Está tudo muito caro”, disse a faxineira Maria Rita Rezende. “Os preços sobem, sobem e os salários continuam estagnados. Como é que consegue comprar presente?”, disse o aposentado José Antonio Ribeiro. “Eu ainda estou procurando”, disse a dona de casa Jaqueline Farias.

Apesar de o Dia das Mães ser a segunda melhor data para o comércio, a configuração não é boa. Esta é a avaliação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL Aracaju), Brenno Barreto. Segundo ele, o cenário nacional prevê queda nas vendas e, para Sergipe, quem conseguir vender o mesmo número de 2014, pode considerar algo positivo.

“A volta e o aumento da inflação, aumento das taxas de juros, o crédito está mais caro, o endividamento aumentou muito. Estas características já não trazem um clima favorável”, comentou o presidente. “Ainda é cedo para dizer se foi uma data boa ou ruim, mas estes dados não trazem boas expectativas”, acrescentou.

Segundo ele, alguns setores registraram uma movimentação melhor, como perfumaria, vestuário, eletro. “São presentes típicos, mas o ritmo dos últimos dias ainda não disse a que veio”, disse. “Claro que ninguém ficou parado. O lojista foi buscar formas de driblar a crise. Na terça-feira, devemos ter os números exatos e saberemos se as estratégias deram certo”, informou.