Por Márcio Rocha

Já está em liberdade o médico que foi acusado por uma adolescente de 15 anos de ter subtraído seu filho recém-nascido. Pedro Lourenço Simões pagou fiança e conseguiu sua libertação.

O advogado do médico, Eron Lima, afirmou que o seu cliente não praticou nenhuma subtração de menor e que apenas deu carona para a jovem até sua casa. Também disse que Pedro ficou surpreso ao saber da acusação e foi até a delegacia de Tobias Barreto para prestar esclarecimentos sobre a acusação feita pela jovem V.S., mãe do bebê que supostamente seria levado por Lourenço para São Paulo, após queixa prestada por ela em virtude de ele ter levado seu filho.

V.S. acusou Pedro Lourenço de ter feito pressão psicológica para que ela lhe desse seu filho, pois a própria mãe manifestou interesse em doar a criança. Contudo, segundo ela, se arrependeu, mas não teve coragem de dizer ao médico que havia voltado atrás em sua decisão. No entanto, confirma que houve negociação entre eles para a doação do bebê.

A criança foi levada pelo médico, segundo depoimento da adolescente, que se arrependeu após ouvir de sua mãe que queria ficar com a criança e a ameaça de seu companheiro em romper o relacionamento, caso ela desse o seu filho. Foi à delegacia e informou que Lourenço havia raptado o bebê, que fora deixado posteriormente à porta da residência do radialista Matusalém Campos, em Tobias Barreto.

Falsidade ideológica, subtração de menor, segundo o delegado Edson Nixon, esses são os crimes pelos quais o médico Pedro Lourenço responderá. Ele também é acusado de ter falsificado documento a guia de alta médica, já que a jovem não podia ter deixado o hospital sem a companhia de um parente, com o fim específico de ficar com a criança.