Por Joedson Telles

O Sindicato dos Servidores Públicos de Capela (Sindicap) entregou, nesta sexta-feira 26, um ofício à Prefeitura do município através do qual oficializou que, na próxima terça-feira, dia 30, os servidores estarão paralisando suas atividades. A greve tem como justificativa não apenas atrasos nos vencimentos dos servidores, mas também a exoneração de trabalhadores que ocupavam Cargos Comissionados (CCs) por parte do prefeito Manoel Messias, o Sukita, sob o argumento de cortar despesas. Por conta disso, serviços como atendimento médico nos postos de saúde já estão parcialmente paralisados por falta de médicos e enfermeiros.

O Sindicap estranha que as exonerações aconteçam no calor do resultado das eleições municipais, nas quais a candidata Josefa Paixão de Santana (PSB), apoiada pelo prefeito Sukita, foi derrotada nas urnas para o candidato da oposição, Ezequiel Ferreira Leite Neto (PR). “Os cargos iam até dezembro, mas assim que perdeu a eleição, ele (Sukita) exonerou sem pagar os salários em atraso”, lamentou Lizângela Oliveira, vice-presidente do Sindicap. Segundo ela, há muitos efetivos e comissionados que já acumulam quatro meses de atraso em seus vencimentos. “Ele pagou a um ou outro, mas tem muita gente sem receber. Inclusive professores aposentados.”  

Segundo Lizângela, antes de optar pela greve, o Sindicato tentou várias vezes negociar com o prefeito, mas sempre obteve o silêncio como resposta. Enquanto isso, ocupantes dos CCs estão há quatro meses sem salários, e efetivos há mais de 60 dias – mesmo período dos professores aposentados. “Só pagou aos professores da ativa porque o Sintese fez uma manifestação”, acredita. A sindicalista afirmou ainda que as pessoas já perceberam que Sukita maquiou a cidade de Capela, mas deixou os povoados abandonados. “Entre creches e grupos, 12 foram fechados por falta de estrutura”, disse.