Por Sílvio Oliveira

O prefeito Manoel Messias Sukita (PSB) está confiante que a indústria de beneficiamento de minério de carnalita será implantada pela empresa Vale no município de Capela (SE). Sukita voltou, nesta segunda-feira (03), de Brasília, onde teve uma audiência com o ministro das Minas e Energia, Édson Lobão. Ele aguarda a chegada do governador Marcelo Déda para novamente voltar a falar sobre o assunto. “Agora depende do governador”, afirmou Sukita.

O fato é que a Vale (produtora da carnalita) e Petrobras (dona da jazida que será arrendada para exploração) investirão mais de US$ 4 bilhões. Ou seja, poderá ser a redenção do município que receber a indústria de beneficiamento, ao menos no campo da geração de emprego e renda, pois há uma previsão de criação de 4 mil empregos diretos na fase da construção e outros 700 direitos durante a operação.

Segundo Sukita, nada mais justo do que Capela receber o projeto carnalita, visto que, segundo ele, a maior parte da jazida fica em solo capelense. “Capela detém a maior parte da jazida, algo em torno de 60% de onde o material será retirado e eu não posso entregar. Como a exploração poderá ser feita em Capela os recursos serem de Japaratuba, caso a indústria seja lá”, indagou.

Redenção para a região do Cotinguiba

O projeto consiste na extração da carnalita em solo sergipano e produção de potássio, indispensável na composição de fertilizantes. Para se ter uma ideia, o Brasil importa 70% dos fertilizantes que consome e 90% do potássio.

Com o projeto em execução, a Vela prevê que duplique a quantidade de potássio produzido no país, passando a 1,2 milhões de tonelada ao ano.  

O contrato de arrendamento entre a Petrobras e a Vale foi assinado no dia 23 de maio do corrente ano, com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff. Há cinco anos que o governo de Sergipe, Marcelo Déda, tenta que as duas empresas entrem num acordo, por entender da importância do projeto para a Estado.

Foto: Elenilson Silva