Por Joedson Telles

Por volta das 11h30 desta segunda-feira, dia 23, teve início a cerimônia de assinatura do contrato entre a Petrobras e a Vale para arrendamento das reservas de potássio no estado de Sergipe – o ‘Projeto Carnalita’. A solenidade aconteceu no município de Rosário do Catete, sede da Vale, e contou com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), e sua comitiva.  

Às 11h44, o contrato foi assinado pelo presidente da Vale, Murilo Ferreira, e pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. O Projeto Carnalita visa à produção de cloreto de potássio em Sergipe. Na prática, trata-se de um investimento de US$ 4 bilhões da iniciativa privada, que gerará 4 mil empregos  no Estado já na sua implantação, e mais 1 mil, posteriormente.

A presidenta Dilma Rousseff observou que o Brasil é um país com a capacidade de produção de alimento por unidade, hectares das maiores do mundo. “Nós somos, hoje, um país que fornece alimentos para si e para o mundo. Temos uma grande agricultura exportadora. Hoje, alimento tem a ver com energia e fertilizante. Nós somos importadores de fertilizantes. Dependentes. Mas não devíamos ser, se somos um país com recursos naturais diversificados”, salientou a presidenta.    

Dilma observou que o anúncio feito hoje em Sergipe é um passo fundamental na produção de um dos componentes dos fertilizantes mais difíceis de ser encontrado: o potássio. Para ela, aí está a grande importância do ‘Projeto Carnalita’.

“É isso que importa: entender para perceber o que tem de importante aqui nesta cerimônia para essa região, para Rosário do Catete, Carmópolis, para Sergipe, mas, sobretudo, este momento é estratégico para o país, porque fertilizante é algo crucial para a nossa segurança alimentar. Para a capacidade de abastecer a nossa população, de assegurar que a nossa agricultura continue competitiva, que não precisemos ampliar cada vez mais a exploração das nossas terras ampliando a sua extensão mais sendo cada vez mais produtivos”, disse Dilma Rousseff .

Marcelo Déda

Ao fazer uso da palavra, o governador Marcelo Déda disse que a emoção que tomava conta dele naquele momento era indescritível pela trajetória do PT na defesa dos trabalhadores. Sobretudo por estar diante dos operários da Vale, que prestigiaram a solenidade. O governador salientou ainda a importância do geólogo e ex-funcionário da Vale, o ex-senador por Sergipe, José Eduardo Dutra, que também lutou em prol dos trabalhadores.  

“Fui advogado destes trabalhadores, sou filho da classe trabalhadora. Ela me trouxe onde estou. No governo Collor a ordem era tapar a mina, mas os trabalhadores lutaram e garantiram os empregos a sua presença aqui hoje, presidenta, para se valer do solo de Sergipe para o Brasil como fornecedor de potássio”, disse Déda, agradecendo à presidenta.    

Presença

Além da presidenta Dilma vieram a Sergipe para a solenidade, o ministro das Minas de Energia, Edison Lobão, e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster; a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, entre outras autoridades. Recepcionaram-nas, além do governador Marcelo Déda e o seu vice, Jackson Barreto, o prefeito de Rosário, Etelvino Barreto Sobrinho, o de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) e os deputados federais Laércio Oliveira (PR), Valadares Filho (PSB), Heleno Silva (PRB) e Rogério Carvalho e Márcio Macedo (ambos PT).