Por Joedson Telles

Na manhã desta quara-feira 22, o deputado estadual Samuel Barreto (foto), o Capitão Samuel (PSC), negou que esteja trabalhando para que o jornalista e radialista Paulo Sousa e o seu repórter, Robson Santana, sejam demitido pelo empresário Edvan Amorim da Ilha FM, onde Paulo Sousa é âncora do programa Jornal da Tarde, que vai ar de segunda à sexta-feira, das 17 às 19h. Samuel foi motivado pela especulação que começou nas redes sociais e nos portais e sites, no dia de ontem, e teve repercussão nos jornais no dia de hoje. O parlamentar explicou que deu apenas a sua opinião sobre o progrma porque o repórter Robson Santana o perguntou, mas nunca “pediu a cabeça de ninguém”.       

“Eu disse que eles (Paulo Sousa e Robson Santana) deveriam repetir o modelo da Rádio Comércio que deu certo, porque o radialista Paulo Sousa  tem o estilo mais coloquial, mas que é dele próprio. Robson (no estúdio) apimentava as entrevistas e dava um tempero ao programa. Foi isso que eu falei. Aí já estão inventando que eu estou demitindo radialista. Daqui a pouco vão dizer que eu matei Joana D’arc”, ironizou.

Segundo Samuel, o sistema (leia-se governo) vai partir para pressioná-lo, mas, sem condições de mostrar à  sociedade o seu trabalho, vai tentar denegrir as lideranças que têm autoridade junto à população. “Para cobrar em nome dela. Eu sei que o sistema político vai piorar por causa das eleições que se aproximam. Se vão tentar fazer que eu recue com essas coisinhas, não vão conseguir. Eu sou coerente. Eu não mudei. Eu sempre falei da importância da imprensa”, disse Samuel.

Observando ser um defensor dos jornalistas, Samuel assegurou não se importar com as críticas - desde que não não atinjam a sua moral. “Eu provo com a foto dos movimentos da TV Sergipe. Eu sei qual é o meu trabalho. Se o sistema está influenciando um radialista aqui ou acolá, não tem problema, desde que não atinja a minha moral. Aí cada um vai responder. Aquele que der espaço nós mostraremos o nosso trabalho, aquele que não der espaço, siga com Deus e seu trabalho. Se criticarem de forma positiva, eu agradeço. Se criticarem de forma que eu não vá gostar também. Eu acho que é o papel da imprensa. Eu defendo até a morte o direito das pessoas se expressarem,  mesmo que isso signifique ser contra mim. A pessoa tem o poder de falar e responder pelo que falar se for o caso”, disse.

“bobagens”

O empresário Edvan Amorim não foi localizado para comentar o assunto. O senador Eduardo Amorim (PSC), no entanto, surpreso com o que definiu como “bobagens”, assegurou não ter conhecimento sobre qualquer ação do deputado Capitão Samuel contra o trabalho de Paulo Sousa e Robson Viana. “Não tem nada disso. Gosto do programa dele (Paulo Sousa). Acho bem feito. Isso não tem fundamento é especulação”