O Ministério Público de Sergipe (MP) deflagrou nesta quinta-feira (24) a segunda fase da operação Pandemonuim, que apura supostas irregularidades em contratações feitas pela gestão do município de Carmópolis, distante 46km de Aracaju (SE).

A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SE) e do Ministério Público da Bahia (MP/BA). 

A operação teve sua primeira fase deflagrada há cerca de um mês após investigações de desvios e fraudes praticados no âmbito de contratos envolvendo empresas baianas, pagos com recursos públicos destinados ao combate da pandemia da Covid-19. À época, o Poder Judiciário também determinou o afastamento cautelar do prefeito de Carmópolis, Beto Caju, além de um secretário municipal.

"Após o cumprimento dos primeiros mandados de buscas, logrou-se apurar novos indícios de crimes contra a Administração Pública, pela mesma organização criminosa, voltada ao desvio de recursos públicos da saúde. Com base nesses indícios, foram deferidos novos mandados pelo Tribunal de Justiça de Sergipe, em endereços residenciais e empresárias", informou o MPE. 

De acordo com o Departamento de Polícia do Interior (Depin) da Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA), durante o cumprimento dos mandados nesta segunda fase, foram apreendidos: 01 arma de fogo e munições; 02 aparelhos celulares; documentos diversos de prefeituras distintas do estado da Bahia e Sergipe; promissórias, folhas e canhotos de cheques. Ainda segundo o Depin, o responsável pela arma foi encaminhado para a Delegacia Territorial (DT) de Ribeira do Pombal, para medidas cabíveis.