O ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, disse nesta terça-feira (5), em entrevista à Rádio Transamérica, que há "uma retórica" contra ele, visando destruir sua imagem.

Redes Sociais / Reprodução

A declaração vem a reboque da suspensão de seus direitos políticos mantida em 14 anos, conforme decidiram por unanimidade os desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, após processo movido pelo Ministério Público do Estado de Sergipe.

A decisão, do último dia 30, ocorreu em função do caso que envolve saques em caixa de dinheiro público das contas do município no final de 2012, quando se encerrava a gestão de Sukita na Prefeitura de Capela.

O ex-prefeito confirmou a realização dos saques, contudo, buscou justificá-los afirmando que se destinavam a pagamentos da gestão.

"A discussão é se esse dinheiro foi pago a esses fornecedores. Sacar dinheiro não é crime e ninguém já foi preso por isso. Enquanto prefeito, se precisar pagar uma conta, ele pode. O que não pode é roubar o dinheiro", argumentou. 

Sukita disse ainda que não houve direito de defesa em relação a esse processo e que deveria ser anulado. "Nenhum cidadão deve ser julgado sem direito de defesa. Por isso, deveria ser nulo no nascedouro", completou. 

A decisão ainda condenou Sukita a pagar uma multa no valor correspondente ao acréscimo patrimonial corrigido a partir de 26 de dezembro de 2012, um dia após os atos denunciados.