Por Fernanda Araujo

O Hospital Nossa Senhora da Conceição, localizado no município de Lagarto, poderá fechar suas portas a partir dessa quarta-feira (7), sem data prevista de retorno. O serviço de assistência médica está parado desde o mês de novembro porque não foi efetuado pela prefeitura do Município o repasse de verbas, necessário para o pagamento dos funcionários e a manutenção da instituição.

Deixando a população desassistida, serviços parados e funcionários sem receber há três meses, a administração do hospital e a prefeitura não entraram em um acordo desde o mês de novembro. Para o diretor da unidade, Sérgio Reis, a instituição tem estrutura, mas faltam condições de pagar aos funcionários.

Nessa quarta-feira a diretoria do hospital se reunirá às 14h com o prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro (PSC), com a Secretaria do Estado da Saúde (SES), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e com o Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde (Sintasa) para rediscutir o repasse da verba e tomar uma posição.

“A população está desassistida, eu acredito que os pacientes estão sendo encaminhados para a capital, mas isso é de competência do município e não do hospital. O contrato caiu de R$ 470 mil para R$ 214 mil. O Município dizia que não tinha dinheiro para pagar, agora diz que tem e não repassa”, colocou Sérgio, para quem uma questão política prejudica toda a população.

Na reunião, o diretor espera superar o impasse. “Amanhã se houver bom senso e interesse do Município em encontrar uma solução rápida não iremos fechar, senão, infelizmente fecharemos amanhã mesmo.”

No dia 8 de dezembro, o hospital completaria 109 anos de funcionamento.

Política

Postado no site da Câmara dos Vereadores de Lagarto, há seis dias o vereador do município Jeová da Academia (PSC) havia declarado que a culpa do hospital estar em greve é de seus administradores que aproveitam a aproximação do período eleitoral para responsabilizar o atual prefeito que vem ajudando a instituição e que, segundo Jeová, não repassou a verba para o hospital porque a unidade não tinha uma certidão negativa.

“O prefeito é um guerreiro, pois vem apanhando dia e noite de algumas emissoras de rádio da cidade que em nenhum momento ajudam, mas só querem atrapalhar”, disse Jeová.

F5 News tentou contato com a assessoria da Prefeitura de Lagarto e com a Secretaria de Saúde do município, mas não obtive retorno.