A Prefeitura de São Cristóvão é acusada de ter usado pessoas vinculadas à gestão como intermediários para direcionar a lista de beneficiários com o cartão Mais Inclusão, destinado pelo Governo do Estado, com o auxílio de R$ 100 para famílias carentes afetadas pela crise provocada pelo coronavírus. 

A denúncia é do ex-prefeito do município, Armando Batalha, ao afirmar que líderes comunitários e pré-candidatos a vereador, aliados do atual prefeito, Marcos Santana, teriam sido incumbidos de distribuir os cartões. Ainda segundo ele, o benefício estadual também teria sido concedido a famílias que não se encaixam nos critérios de vulnerabilidade social. 

“A maneira como tem sido realizada a seleção das pessoas e a entrega dos cartões com os benefícios é desumana para aqueles cidadãos que mais precisam dessa ajuda. Marcos Santana está usando a máquina pública para enganar o povo honesto e carente de São Cristóvão, que nele confiou e elegeu para trabalhar por cada um deles. Além de se apropriar de um recurso concedido pelo Governo de Sergipe para se promover politicamente", afirma Batalha.

Exclusivo para compra de gêneros alimentícios, o benefício deverá ser concedido durante o período de quatro meses, podendo ser prorrogado por igual período. Os beneficiários foram identificados a partir da base do Cadastro Único para Programas Sociais – CadÚnico, segundo informou  o governo do Estado no lançamento do programa emergencial. 

A Prefeitura de São Cristóvão, por meio de nota, desmentiu a informação e disse ter sido responsável apenas pela distribuição dos cartões, sem ter interferido também na seleção dos beneficiários. 

“No município, os cartões foram entregues nas residências dos beneficiários até a última sexta-feira (24), e seguem sendo distribuídos na sede da Semast até o dia 30 de abril. Todo o processo de logística da distribuição e a lista com os contemplados foram disponibilizados no site e nas redes oficiais da Prefeitura de São Cristóvão, prezando sempre a transparência com a nossa população”, afirmou.

Procurado pelo F5 News, o governo de Sergipe não se manifestou até a publicação desta notícia.