Por Joedson Telles 

A deputada estadual Goretti Reis (DEM) lamenta que o prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro (PSC), tenha tido três anos e seis meses para resolver os problemas do município, mas ao invés de fazer isso se preocupou somente em resolver problemas de seus familiares. “Ele se preocupou em dar emprego a família. O nepotismo em Lagarto é imenso. Se preocupou muito em  apadrinhar familiares, e não se cercou de profissionais capazes, para administrar e fazer um trabalho digno em Lagarto”, diz a deputada. “Muitos amigos dele, hoje, fazem questão de dizer não votam mais nele, se decepcionaram com sua gestão. Ficou muito restrito. Um olhar muito familiar, e não voltado para os anseios do povo.”

Goretti lamentou também que, agora, o prefeito Valmir Monteiro resolveu trabalhar, mas Lagarto sabe que é por conta das eleições. “Agora, dentro de um período eleitoral, ele tenta descontar  tirando de uma comunidade e botando em outra. As pessoas não se iludem mais com esse tipo de conduta. Avaliam não só o momento das atividades que vão ser executadas agora porque se trata de querer mostrar que está fazendo algumas ação, mas as poucas obras que foram feitas foram de péssima qualidade. Obras que a gente sabe que não vão mais de um ano e ela, por si própria, acaba  destruindo pela qualidade do material”, preveniu.

Goretti Reis salientou que o descaso pode ser visto também na educação e na saúde. “Na qualidade da merenda, na qualidade do transporte escolar. Muitas escolas foram fechadas e a população se revolta em relação a isso, unidades de saúde abandonadas, sujas , que precisam de reformas e que nada foi feito durante o tempo, algumas estão sendo fechadas para fazer reforma mas a gente sabe que nesse período é impossível conseguir concluir”, lamenta.

Segundo a deputada, o caos também pode ser visto em outras áreas da administração de Lagarto. “As estradas ruins, nos povoados a gente percebe as ruas muito esburacadas. Tudo aquilo que disse no palanque que ia fazer e acontecer, no folder que eles distribuíram na cidade de mudanças para Lagarto, esse gestor realmente não cumpriu. E teve condições de fazer. Teve o apoio do governo, de senadores, o senador Eduardo Amorim, que muito contribuiu em emendas para execução de obras de relevâncias para a cidade que não foram feitas”, assegurou.

Goretti continua ‘o pente fino’ observando que o asfalto que está sendo aplicado em algumas ruas da cidade, ao invés de ter de cinco a sete centímetros de espessura, não passa de uma borra pintada no paralelo. “Tem algumas ruas que já estão esburacadas. Não tem mais nem o asfalto porque só tinha uma camadinha. Parece que estavam fazendo uma pintura com tinta preta no paralelo. Isso revolta a população porque ela sabe que vem recurso, vem dinheiro para fazer com qualidade e não está sendo feito. Não é falta de dinheiro. Não tem é gestão para fazer um trabalho de qualidade”, disse.