Dois meses depois da exoneração, o sergipano André Moura (PSC) está sendo reconduzido à Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro. Ele já tinha ocupado a pasta por oito meses e foi exonerado em meio à operação da Polícia Federal que investiga desvios de recursos na gestão Wilson Witzel durante a pandemia do novo coronavírus. 

Moura esteve à frente da Casa Civil do Palácio Guanabara entre setembro de 2019 e maio de 2020 e, nas palavras da imprensa fluminense, é tido como ‘o único integrante da atual gestão que conseguiu se entender com a Assembleia Legislativa’. A saída intempestiva do ex-deputado foi o estopim da crise que levou à instalação do processo de impeachment do governador. 

Agora, André Moura reassume a Secretaria com a missão de atuar junto ao Legislativo para tentar salvar o governador do afastamento. Em entrevista à Fan FM, nesta sexta-feira, o sergipano revelou que seu retorno foi costurado pelo vice-governador do Rio, Claudio Castro. “O vice-governador colocou que era necessário que eu voltasse para que as coisas voltassem a acontecer. As coisas não andaram mais. Me refiro à gestão governamental”, afirmou. 

Presidente estadual do PSC em Sergipe, Moura também foi deputado federal por dois mandatos, um dos principais aliados de Eduardo Cunha e atuou como líder do governo de Michel Temer no Congresso. Ao ser exonerado por Witzel, o político foi ao twitter elogiar o governador afirmando que ele sempre foi "correto" e deu autonomia para seu trabalho na pasta.