Alvo de muita polêmica após o início do Campeonato Sergipano, o gramado da Arena Batistão vai descansar. Sim, literalmente. Após reunião entre a Superintendência Especial de Esportes do Estado de Sergipe (Supee), o Governo do Estado e a Federação Sergipana de Futebol (FSF), nessa quarta-feira (24), ficou decidido que não haverá jogos do estadual até a revitalização total da relva local.

Assim como adiantado no F5 News, momentos antes da partida que deu a vitória do Confiança sobre o Atlético Gloriense, o administrador do Batistão, Sidrack Marinho afirmou que o aspecto de grama queimada foi causado pela aplicação de vermicidas, contra ervas daninhas, cebolinhas e todas as pragas que poderiam danificar o gramado, como em 2020 quando o local sofreu com esses problemas. Agora, a previsão é que toda a recuperação aconteça até o dia 10 de março.

A decisão altera, a princípio, duas partidas: Sergipe e Lagarto, pelo Campeonato Sergipano, e Confiança contra o CSA (AL), pela Copa do Nordeste. O primeiro jogo acontecerá no Etelvino Mendonça, em Itabaiana, e o segundo no Paulo Barreto de Menezes, em Lagarto.

Ao GE Sergipe, o presidente da FSF, Milton Dantas, disse concordar com a decisão. “Conversamos com a superintendente Mariana Dantas e concluímos que essa decisão foi acertada porque não prejudica o campeonato e preserva o gramado da Arena Batistão, dando tempo necessário para conclusão da revitalização”, afirmou Dantas.

Segundo o engenheiro agrônomo Ricardo da Silva, da Greenleaf Gramados, empresa responsável pela manutenção do gramado da Arena Batistão, o processo de revitalização tem como objetivos principais, corrigir o nivelamento, aumentar a tração e condicionar o piso, para melhorar a jogabilidade.

"Assim, deixamos o gramado mais resistente ao pisoteio e proporciona melhor desenvolvimento do sistema radicular. Durante esse processo, o gramado ficará com o processo visual comprometido. Porém, após finalizadas as ações drásticas, começam a brotar folhas novas e o gramado fica verde e apto para as atividades esportivas”, revelou o Engenheiro Ricardo da Silva.