Por Tíffany Tavares

Na teoria, com o fervor da aproximação dos jogos da Copa do Mundo, São João e Dia dos Namorados objetos de decoração e artigos com a cor da bandeira brasileira já deveriam estar estão sendo vendidos a todo vapor no comércio sergipano.

Mas, na prática, as expectativas para as vendas, mesmo com as datas festivas e o mais esperado evento esportivo do mundo, este ano realizado no Brasil, não estão nada boas, de acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Samuel Schuster (foto abaixo). Ele afirma que com a alta da inflação nos gêneros alimentícios, outros produtos ficam de fora do orçamento mensal. “As pessoas planejam comprar, mas no fim do mês, as prioridades alimentares, os altos juros, dívidas em cartões de crédito acabam impedindo o aquecimento do comércio sergipano”, explica.

Para Schuster, o principal foco é não aderir ao ponto facultativo nos dias de jogos do Brasil. “Se a nossa realidade já está tímida, imagine se as lojas fecharem. Precisamos aproveitar as oportunidades de vender e agradar os clientes, no ritmo da Copa do Mundo. A ideia é fechar o comércio apenas uma hora antes dos jogos, porque dá tempo de ornamentar a casa para os amigos, comprar um produto que faltou. E todos ficam satisfeitos”, argumenta.

Na tentativa de ampliar as vendas dos produtos, a empresa em que Camila Souza Santos trabalha resolveu realizar promoção aliada ao novo layout da mercadoria. “Com o objetivo de impulsionar as vendas e aproveitar o momento de copa, mudamos a embalagem do produto, e com a compra de duas unidades, o cliente, que adora promoção, leva um brinde com a cara da Copa. Daí aumentamos as vendas em quase 70%”, revela ela, acrescentando que com a a concorrência no mercado é preciso criar alternativas.

O gerente Robério Silva (foto abaixo) diz que as expectativas planejadas do ano ainda não foram superadas, em comparação ao ano de 2013. “No Dia das Mães o movimento foi baixíssimo e mesmo com aproximação do Dia dos Namorados, Copa do Mundo e São João, já era para o comércio estar aquecido", avalia. “Na Copa esperamos não só quem vai brincar, mas quem ornamenta o próprio comércio ou revende, já era para comprar com antecedência. O comércio ainda está tímido”, acrescentou.

A vendedora Ana Luzia dos Santos Soares (foto ao lado) acredita que a união das três datas comerciais ampliará as vendas, mesmo que seja em cima da hora. “Bandeirolas, balões, canecas, copos, almofadas, perucas, camisas e chapéus. A minha esperanca é aumentar as vendas em 50%, nas próximas semanas”, disse.

Fotos: Tíffany Tavares