O Dia do Panificador é comemorado anualmente em 8 de julho, celebrando uma profissão que, ao longo da história, desempenha um papel fundamental na sociedade repleto de simbologias que envolvem principalmente o "pão nosso de cada dia". 

Esses profissionais talentosos combinam habilidades técnicas, criatividade e dedicação para criar uma ampla variedade de pães, bolos, biscoitos e outros produtos alimentícios que encantam nossos paladares há séculos.

A data está associada à padroeira desses profissionais, Santa Isabel de Portugal. A comemoração remonta à Idade Média, quando os padeiros eram reconhecidos e homenageados por sua importante contribuição na produção diária de pães, um alimento essencial para a população. Naquela época, os padeiros eram altamente valorizados em suas comunidades.

Embora não haja registros históricos sobre os primeiros padeiros, um nome amplamente reconhecido na indústria da panificação é o do padeiro francês Pierre Hermé. Ele ganhou renome por suas criações inovadoras e suas técnicas de confeitaria, sendo considerado um dos melhores do ramo no mundo. 

Pierre Hermé revolucionou o setor da panificação e da confeitaria com suas criações únicas, combinações audaciosas de sabores e o uso de ingredientes da mais alta qualidade. Sua carreira foi marcada por inúmeros prêmios e honrarias, e seus produtos são apreciados por pessoas de todo o mundo.

No entanto, como em qualquer profissão, os panificadores em Sergipe enfrentam uma série de desafios para manter a qualidade dos produtos e garantir o sucesso de seus negócios. O presidente do Sindicato de Panificadores de Sergipe (Sindipa-SE), o empresário José Rodrigues, atua há 42 anos no ramo.

Ele informa uma série de desafios que são enfrentados no segmento em Sergipe. “A falta de mão de obra qualificada, falta de padronização dos processos para fabricação do pão, alta de insumos e a falta de modernização do setor, entre outros”, citou ao F5 News. 

José Rodrigues destaca o trabalho realizado pelo Sindicato de Panificadores, evidenciando algumas das atividades e iniciativas desenvolvidas em prol desses profissionais. “Trabalhamos para ter uma convenção coletiva, onde o panificador possa pagar e o profissional se sinta atraído; comemoramos o Dia do Panificador com um grande churrasco e música ao vivo. Treinamos e formamos padeiros com apoio do Senai, trazendo grandes chefs padeiros do Brasil para aperfeiçoá-los. O projeto do melhor pão francês "jacó" do Estado de Sergipe. Lutamos para que os governantes comprem o pão da merenda escolar à pequena panificação do seu bairro”, enfatizou.

“Já enfrentamos tabelamento do preço do pão, altas de inflação e nos últimos anos pandemia da covid onde lutamos e conseguimos manter a padaria de portas abertas, com segurança e muito trabalho e protegendo o colaborador e cliente”, disse ainda ao portal.

O panificador Marcos Lima, de 29 anos, explica que elaborar estratégias de marketing também se tornou uma parte essencial da gestão do negócio. “É necessário promover nossos produtos, destacar nossos diferenciais e atrair os clientes em um mercado cada vez mais competitivo. Isso envolve desde a divulgação em mídias sociais até a criação de parcerias locais e a participação em eventos gastronômicos”, disse ao F5 News.

Marcos Lima demonstra como uma postura pró-ativa pode fazer a diferença. “Em meio a todos esses desafios, busco constantemente aprimorar meus conhecimentos em gestão empresarial. Participar de cursos, palestras e buscar orientação especializada são medidas que adoto para me manter atualizado e aprender novas técnicas de gestão que possam impulsionar meu negócio”, afirma.