Por Fernanda Araujo

O comércio aracajuano está se preparando para as vendas no Natal, um dos períodos de maior consumo. Mesmo diante da decisão da Prefeitura de Aracaju em não decorar o centro comercial por falta de recursos, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital articula a possibilidade de ornamentá-lo por conta própria.

O presidente da CDL, Brenno Barreto, lamenta a notícia, mas diz entender os problemas financeiros pelos quais passa a Prefeitura.  “Acho que é uma decisão tomada por força maior. Não tem como a gente estar cobrando uma iluminação, uma ornamentação do centro, da orla; e a saúde se encontrar em caos. A gente recebe a notícia com tristeza, mas temos que ter sensatez”, avalia.

Para o empresário, a falta da iluminação decorativa para o período deverá ter um reflexo negativo, já que toda a ornamentação cria um clima natalino que contribui para o incremento nas vendas. Porém, Brenno Barreto acredita que há como reverter o cenário desfavorável. “A gente não pode ficar se apegando a condições negativas. Teremos que fazer com o que a gente tem”, diz.

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Para minimizar o impacto e atrair consumidores, a Câmara, juntamente com parceiros, apoiadores e patrocinadores, estuda a possibilidade de fazer a ornamentação natalina no centro por conta própria.

“Nada como a ornamentação como a prefeitura faz, até porque a condição financeira das entidades não são as mesmas comparadas ao município. Essa é uma saída que estamos encontrando para que consiga fazer uma ornamentação, por mais singela que seja, que leve o espírito natalino e contagie os clientes que trafeguem no centro comercial”, afirma.

O que está certo é a Casa do Papai Noel, inaugurada em 2014, que será colocada no cruzamento dos calçadões da rua Laranjeiras e João Pessoa. A casa deverá receber ainda mais decorações.

A pesquisa da CDL para as vendas deste ano será feita do final de novembro para início de dezembro. O empresário adianta que a expectativa é que seja igual ou obtenha um pequeno crescimento em relação ao ano passado - o que vai depender, segundo ele, do pagamento do 13º salário dos servidores do estado e do município.

“O Brasil no ano passado teve indecisões políticas, alguns fatores externos negativamente apontando para o país, tudo isso refletia negativamente para o comércio. Agora o país vem sinalizando para a saída dessa dificuldade”, acrescenta.