Com o intuito de, cada vez mais, diversificar o seu portfólio de supridores, inclusive com gás de característica natural, o diretor presidente da Sergas, José Matos, visitou o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), localizado no Parque Tecnológico da Usina Hidrelétrica de Itaipu (PR). O interesse em conhecer novas tecnologias sustentáveis, com harmonia e respeito ao meio ambiente, é premissa importante para a companhia, que segue seus trabalhos preocupada com a qualidade de vida da sociedade e a diversificação da matriz energética. 

Sergas

O presidente da Sergas foi recebido pela coordenadora do laboratório, Francielle Natividade, e pelo diretor de desenvolvimento tecnológico do CIBiogás, Felipe Marques, que fez uma explanação sobre o que é o Centro e a origem do órgão.  

CIBiogás 

Com ênfase em biogás, o CIBiogás é uma instituição de ciência, tecnologia e inovação que completa 10 anos em 2023. O Centro teve início como um projeto dentro do Parque Tecnológico de Itaipu, sendo criado pela Usina, pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e pela Eletrobras, em 2013.

Nos primeiros cinco anos, o CIBiogás manteve convênio com a Itaipu para impulsionar seus projetos, criar infraestrutura e formação de pessoal e sua estruturação orientada para sustentabilidade. Isso proporcionou ao Centro a condição de referência nacional nos temas biogás e biometano.  

Atualmente, o CiBiogás opera recursos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), GIZ, GEF Biogás Brasil, Itaipu Binacional e recursos Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). 

O diretor de desenvolvimento tecnológico do CIBiogás, Felipe Marques, informou que o Brasil já superou a marca de 800 plantas de biogás em operação e, atualmente, já se produz cerca de 2,4 bilhões de metros cúbicos por ano.

O CIBiogás está envolvido em todo o Brasil, mas especialmente no oeste do estado do Paraná, onde atuou no primeiro projeto de geração distribuída de energia, no projeto da Granja São Pedro, em São Miguel do Iguaçu e, também, foi o primeiro projeto de microgrid. 

O diretor-presidente da Sergas, José Matos, esclarece que o futuro do mercado do gás se encontra também nas novas alternativas de suprimento.

“O futuro do mercado do gás será de se consorciar com outros energéticos, não devendo haver uma disputa entre o gás natural e biometano, e sim a oportunidade de se ter, cada vez mais, a disponibilidade do gás natural e biometano  para se fazer as aplicações com gás. O biometano oferece uma série de possibilidades diferentes porque é produzido de forma descentralizada e, normalmente, é produzido no interior, aproximando a companhia de gás dos players que hoje não tem essa opção do gás como matriz energética e de combustível. Por isso fizemos a visita ao CIBiogás, para entender os projetos do biogás e biometano para que, com estudos de viabilização, pensemos em incorporar aos negócios da companhia e, também, possibilitar essa tecnologia segura e harmônica com o meio ambiente para Sergipe”, pontuou Matos. 

Atuação 

No oeste do Paraná, o CIBIogás também dá suporte a projetos de frigoríficos e condomínios de agroenergia, que congrega 18 produtores de biogás com uma rede de gás de 22 quilômetros, entregando biogás para uma microcentral termelétrica que gera energia elétrica e compensa energia nos prédios públicos das  prefeituras, as quais compram o biogás dos produtores. 

“Atualmente, está sendo construída uma usina no município de Toledo, no Paraná, sendo uma central de bioenergia para o processamento de dejetos de suínos. No oeste do Paraná existe uma série de projetos de produção do biogás”, explicou Felipe. 

Existe também, no oeste do Paraná, projetos de produção de biogás de  diferentes matérias, dejetos e resíduos de aves, suínos, bovinos, além do saneamento que produz a partir do esgoto sanitário. Também existe uma unidade de demonstração em Itaipu, que produz biometano para frota de veículos leves a partir de resíduos de alimentos e de apreensão de orgânicos, além do aterro sanitário no município de Cascavel, que produz biogás para energia elétrica.

O CIBiogás está envolvido na grande maioria dos projetos como referência técnica, dados do laboratório e alguns casos com a concepção e construção por parte do Centro e parceiros.