Economista contesta patrões que não aceitaram proposta de comerciários | F5 News - Sergipe Atualizado

Economista contesta patrões que não aceitaram proposta de comerciários
Economia 16/02/2012 15h18 |


Por Fernanda Araujo

Novamente um acordo salarial não foi firmado pelos comerciários e comerciantes sergipanos na última reunião do dia 14 deste mês. Contestando a recusa dos empresários por não atenderem a proposta dos empregados, um aumento no salário para R$ 660, o economista Luiz Moura, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), avalia que os comerciantes têm condições de pagar a proposta à categoria.

Questionado pelo F5 News nesta quinta-feira (16) se o aumento não afetaria o comércio, Luiz Moura, que acompanhou a reunião, diz que existem recursos suficientes para tal. “Os comerciantes (empresários) têm sim condições de pagar o que a categoria pediu, porque o comércio tem o crescimento acima da média do Nordeste, a porcentagem dependendo de cada mês. Existe receita suficiente para o pagamento de um salário maior. E os próprios empresários admitem isso”, completa.

O salário mínimo atual é de R$ 622, mas a categoria pede um aumento para R$ 660. A proposta feita pelos patrões é de que o piso não especializado passe a ser R$ 628 e o especializado R$ 640, com a decisão também de que os empregados trabalhem nos feriados de 17 de março e 21 de abril.

“Pela primeira vez os comerciários estão ganhando salário mínimo como piso salarial. O sindicato quer apenas que o patronato pague melhor pelo seu trabalho. Você pode perceber que a proposta de R$ 660 não é muito longe do salário mínimo. Os empresários alegaram não ter condições de pagar, mas não é verdade. Eu já acompanhei três negociações, vai depender do sindicato se eles vão fazer outra reunião”, disse Moura.

Atualmente, são 100 mil empregados no comércio de Sergipe. Três rodadas de negociações aconteceram nos dias 2, 13 e 14 de fevereiro. O presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços no Estado de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida, atribui o desacordo à "ganância capitalista", mas afirma que as negociações ainda estão em aberto com os empresários. “Essa decisão é insatisfatória, não aceitamos este pagamento até porque eles tem uma folga financeira muito grande para oferecer. O volume das vendas e a liquidação do comércio do ano passado para cá foram muito satisfatórios. Na verdade é a ganância do capitalismo. O que foi dito pelo Dieese nas negociações não houve contestação. Querem mão-de-obra barata”.

Para falar sobre a proposta que não foi aceita pelos empregados, F5 News tentou contato com o presidente da Federação do Comércio (Fecomercio),  Abel Gomes, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno. 

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