Por Will Rodriguez

Mesmo com um recuo tímido, a cesta básica vendida em Aracaju passou a ser a quarta mais barata do país no mês de abril de 2016, duas posições a menos do que no mês anterior. O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o aracajuano pagou R$ 348,24 pelo conjunto dos 12 bens alimentícios no quarto mês do ano, ou seja, menos de um ponto percentual a menos do que em março.

De acordo com o Departamento, os produtos que apresentaram retração acentuada no preço foram o feijão (-11,65), tomate (-8,43), banana (-6,74), óleo (-2,12) e carne (-1,59). Já a diminuição do preço do arroz e da farinha não chegou a um ponto percentual. Em contrapartida, leite, pão, café, manteiga, açúcar e tomate acumularam alta que variou entre 4 e 16%.

O estudo do Dieese aponta ainda que este ano a cesta básica em Aracaju já ficou 13,9% mais cara, bem acima da alta acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos quatro primeiros meses deste ano que foi de 3,25%.

O trabalhador aracajuano cuja remuneração equivale ao salário mínimo (R$ 880,00) necessitou cumprir, em abril, jornada de 87 horas e 04 minutos, menor do que as 87 horas e 20 minutos registradas em março, para adquirir a cesta.

Em abril de 2016, o custo da cesta em Aracaju comprometeu 43,01% do salário mínimo líquido, isto após os descontos previdenciários. Em fevereiro, o percentual exigido era de 43,15%.

O Dieese calculou que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.716,77 ou 4,22 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00. Em março, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.736,26, ou 4,25 vezes o piso vigente.