Por F5News

O primeiro dia de greve dos bancários na capital sergipana foi marcado por longas filas e reclamações de usuários. Quem precisou realizar alguma operação bancária nesta terça-feira (06) teve que apelar para a  paciência. Muitos buscaram alternativas, como casas lotéricas, correspondentes bancários e terminais de autoatendimento.

Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira (foto), durante os dias da greve o serviço nas salas de autoatendimento deve ocorrer normalmente. Mas desde o início da manhã havia muita gente reclamando da falta de cédulas nos caixas  e da falta de envelopes para depósito. A aposentada Raimunda da Silva passou por várias agências e já não sabia o que fazer. “Tenho 67 anos e isso nunca me aconteceu. Meu cartão foi bloqueado e não consigo sacar e nem fazer pagamentos”, reclamou.

O operador de caldeira Anderson dos Santos precisava sacar R$ 400, mas em todos os terminais que tentou só tinha cédulas de R$ 10 e a informação de que não era possível fazer a operação por exceder o número de cédulas do mesmo valor. “Isso é um absurdo, que façam greve, mas não desse jeito”, criticou.

Banese

Este ano o movimento ganhou força em Sergipe com a adesão do Banco do Estado, o Banese, que ficou de fora da paralisação em 2015. “Começamos com a categoria unida e com muita força, e isso é bom. Sabemos que toda greve causa transtorno, e por isso, pedimos a compreensão da população”, disse a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira.

Luta salarial

A paralisação das atividades é uma resposta à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que após quatro rodadas de negociação apresentou a proposta de 6,5% de reajuste no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, mais abono de R$ 3 mil. A categoria reivindica a reposição da inflação, estimada em 9,57%, e aumento real de 5%.

A última paralisação dos bancários foi em outubro do ano passado e durou 21 dias.