Por Will Rodrigues

Aracaju foi a única capital brasileira, entre as 18 pesquisadas, onde o preço da cesta básica caiu no quinto mês de 2015. O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que, em maio, o aracajuano pagou R$ 277,16 pelo conjunto dos 12 produtos alimentícios, uma redução de 1,58% com relação ao mês anterior quando a cesta teve inflação de 3,07%, chegando a custar 281 reais. A capital sergipana continua tendo a cesta mais barata do país.

Em maio, o consumidor aracajuano teve que trabalhar 77h23m para comprar a cesta básica. Na capital sergipana, o conjunto de alimentos comprometeu 38,23% do salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2015 a cesta já teve um aumento de 12,80% na capital.  Nos últimos 12 meses a variação foi de 14,66%.

De acordo com o levantamento do Dieese, o preço do tomate voltou a inflacionar, dessa vez 3,02%. “Apesar do início da colheita da safra de inverno, a maturação é mais lenta no frio. Além disso, houve incidência de pragas, o que reduziu a oferta do fruto. Por outro lado, aumentou a demanda de tomate no Nordeste e no Rio de Janeiro”, justifica o Dieese.

O leite foi o que mais sofreu inflação, ficando 6% mais caro, essa é a terceira alta consecutiva do produto. O preço do pão francês se manteve estável em Aracaju. Já carne bovina apresentou redução de 2,83%. O óleo de soja também ficou mais barato e apresentou a maior retração entre os 12 produtos (-9,38%).

Segundo o Dieese, em maio, o valor necessário para arcar com as despesas de uma família era R$ 3.377,62 – 4,29 vezes o salário mínimo em vigor (R$ 788).