Da redação F5 News

Na tarde desta quinta-feira (15), agricultores, parlamentares, diretores de agências bancárias e representantes da Comissão Nacional de Endividamento Rural, se reuniram no plenário da Assembleia Legislativa para discutir possíveis soluções para amenizar e a dívida que envolve o sistema agrário de diversos produtores do Estado.

De acordo com o deputado João Daniel, Sergipe tem hoje para ser ajuizado em torno de 3500 propriedades rurais, o que seria entre 3,5% a 4% dos empreendimentos rurais do Estado e a audiência pública desta tarde foi necessária para apresentar a comissão nacional à situação dos agricultores de Sergipe. “Foi importante que a comissão nacional de deputados federais vir a uma audiência pública e receber as informações para ajudar a trabalhar no congresso nacional leis que possam ajudar a solucionar esse problema que existe no nordeste e em todo Brasil”, salientou

Já para o presidente da Associação Sergipana dos Produtores Rurais (Asserpror), Airton de Santana a 80% dos produtores rurais estão endividados e a audiência foi uma oportunidade debater sobre o caos que está a agricultura sergipana bem como pedir perdão pela divida adquirida. “Nos queríamos que o perdão da divida fosse maior ou que houvesse anistia da divida como no governo Sarney . É um martírio sem fim, o endividamento foi provocado pelos altos juros da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLT), o que torna a divida cada vez mais crescente e infindável”ressaltou.

 Para o presidente da Comissão Nacional de Endividamento Rural, Deputado Marcon (PT-RS) é assustador os números de famílias rurais em Sergipe que estão com seus lotes de terra em leilão e que é importante buscar uma solução para solucionar essa crise. “Essas famílias vão perder suas terras e vão deixar de produzir e conseqüentemente vão para os grandes centros urbanos para tentar sobreviver, mas é difícil porque a vida na agricultura é a única coisa que eles sabem fazer. É importante que o governo se sensibilize com esse problema para que esses trabalhadores possam viver dignamente”, disse.