Quando o fim do ano se aproxima, uma dúvida surge para os trabalhadores, aposentados e pensionistas que recebem o 13º salário: o que fazer com o dinheiro? A gratificação é paga em duas parcelas: a primeira até o último dia do mês de novembro e a segunda até 20 de dezembro.

Em uma época propícia para gastos, diante da proximidade das festas do final de ano e das despesas habituais ao mês de janeiro, quem recebe o 13º se vê diante de uma decisão cujos efeitos podem ser benéficos à respectiva situação financeira ou o contrário, um convite a extravagâncias.  

Segundo o economista Rodrigo Rocha, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) em Sergipe e coordenador da área econômica da Federação das Indústrias de Sergipe (FIES), não existe uma receita exata para a utilização do dinheiro, a melhor opção é planejar. 

"O recomendado é anotar, nem que seja em um caderninho, tudo que se pretende fazer, estimando valores, para ver se realmente vai dar para custear todos os desejos ou se será necessário cortar para caber. Muitos aplicativos podem ajudar nisso, mas ainda dá para usar a velha planilha, anotando as principais despesas e valores estimados. O importante é sair da 'contabilidade mental'. Se deixar tudo na mente, é comum se perder nas contas e acabar achando que a situação é muito melhor ou muito pior do que realmente é”, disse ao F5 News.
 
 “Antes de se tomar qualquer decisão financeira, a primeira coisa a se fazer é analisar toda a situação existente, ou seja, tem contas em atraso? A vida financeira está apertada ou sobra, nem que seja um pouquinho, e já existe uma existe uma reserva de emergência? Se estiver tudo arrumado, boa parte desse dinheiro pode ser usada para pagar as despesas que naturalmente surgem no final de ano, como festas, roupas, presentes e viagens. A parte restante deve-se deixar para despesas de início do ano, reserva de emergência e outros investimentos”, completa.

Segundo o economista, o investimento, sempre que possível, é o melhor caminho para manter a vida financeira organizada, pois o dinheiro deixa de ser uma preocupação e passa ser instrumento da realização de sonhos.

“Se as contas já estão organizadas, pelo menos uma parte do 13º pode ser colocado em um investimento para a realização de objetivos mais caros, como viagens, compra/troca de carro etc. É sempre bom pensar também em investimentos de longo prazo, para garantir uma aposentadoria mais tranquila. Seguindo esse caminho financeiro, a vida deixa de ser apenas a rotina de 'pagar boletos' e passa a ser uma coleção de sonhos realizados”, disse Rocha ao portal.
 
Se o seu objetivo é utilizar o 13º salário para negociar dívidas, algumas sugestões para quitar esses débitos em atraso estão na coluna do jornalista Márcio Rocha no F5 News.