Sergipe: Polícia Federal prendeu 16 pessoas em operação contra fraude em leilões
Cotidiano 15/05/2011 10h28 |
SÃO PAULO - Uma investigação de um ano e meio da Polícia Federal, acompanhada pelo Ministério Público Federal em Sergipe, desbaratou uma quadrilha especializada em fraudar leilões judiciais. Nos pregões, os bens que estavam sendo oferecidos eram comprados por valores irrisórios. Segundo a Polícia Federal, também foram presos empresários que utilizavam os serviços da quadrilha. No total, dezesseis pessoas foram detidas.
A investigação mostrou que a quadrilha atuava em leilões organizados pela Justiça Federal, pela Justiça do Trabalho e por outros órgãos públicos. O bando impedia a participação de outras pessoas nos leilões. Para ter a prioridade dos bens leiloados, os empresários pagavam comissões ilegais aos fraudadores. Há também indícios de envolvimento de leiloeiros judiciais.
A investigação começou em outubro de 2009. A Polícia Federal em Sergipe, com autorização da 3ª Vara da Justiça Federal, realizou interceptações telefônicas e acabou descobrindo que os leilões eram viciados. As fraudes praticadas pela organização criminosa, somente nos leilões da Justiça Federal e Tribunal Regional do Trabalho, envolveram lotes que chegam a R$ 35 milhões.
A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão na Operação Arremate. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal. A operação foi executada por 90 policiais federais. Os presos são acusados pelos crimes de fraude em leilões judiciais e extrajudiciais, corrupção de leiloeiros, lavagem dinheiro e sonegação fiscal.
De acordo com a assessora de comunicação da PF, Mônica Horta, a polícia chegou até a quadrilha após denúncias.
- Recebemos algumas informações, inclusive por parte de leiloeiros, sobre a ação do grupo. A partir daí as investigações foram iniciadas e meses depois a operação foi deflagrada - disse.
Segundo a PF, foram presos José Paixão, Denis Nunes, Laércio Melo, Jorge Dantas, Eduardo Henrique, Erick Anísio, Paulo Afonso, Geraldo Soares, Claudio Luiz, Ângelo Ernesto, Edroaldo de Carvalho, Geovani Souza, Álvaro Soares Nunes, Thiago Prado, Carlos Augusto e Ezequiel Oliveira.
A investigação descobriu que a quadrilha fraudou leilões da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho, da Justiça do Estado de Sergipe, do Banco do Estado de Sergipe, do Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe, da Secretaria de Estado da Administração, da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, dos Municípios de Pirambu/SE, Estância/SE e Lagarto/SE, entre outras instituições.
O procurador da República Paulo Gustavo Guedes Fontes, que acompanhou as investigações, elogiou o trabalho realizado pela Polícia Federal e declarou que as medidas adotadas terão impacto extremamente benéfico no funcionamento dos órgãos da Justiça em Sergipe, permitindo que os leilões aconteçam com lisura e que os bens sejam arrematados por preços mais significativos.
Parte dos presos será levada para o Complexo de Operações Policiais Especiais - COPE e o restante para o Copecam, na capital.
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