Sudeste concentra mais de um terço das áreas urbanizadas do país | F5 News - Sergipe Atualizado

Manchas urbanas
Sudeste concentra mais de um terço das áreas urbanizadas do país
Os dados são do estudo Áreas Urbanizadas do Brasil 2019, publicado pelo IBGE
Brasil e Mundo | Por Agência IBGE 23/11/2022 21h00 |


Em 2019, o Brasil possuía 45.945 km² de áreas urbanizadas, o equivalente a 0,54% da área total do país. Mais de um terço (36,5%) do total de áreas urbanizadas do país se concentra na região Sudeste. É o que revela o estudo Áreas Urbanizadas do Brasil 2019, feito a partir da interpretação visual de imagens de satélite, tendo como referência o ano de 2019, e publicado hoje (23) pelo IBGE. O mapeamento torna possível retratar e mensurar a distribuição e a extensão das manchas urbanas do país, bem como avaliar sua expansão.

“Se por um lado, todas as áreas urbanizadas do país caberiam no estado do Espírito Santo, por outro, o somatório de áreas urbanizadas do Brasil é maior do que países inteiros, como Dinamarca e Países Baixos”, compara Manuela Alvarenga, gerente de Observação da Cobertura e Uso da Terra do IBGE. 

Das 27 unidades da Federação, 14 tinham menos de mil km² de áreas urbanizadas em 2019. Para este estudo, área urbanizada é toda mancha construída contígua que apresente aglomeração de residências, ruas e outras edificações em proximidade suficiente que permita relações de vizinhança e trocas cotidianas.

O estado de São Paulo detém 18,39% do total de áreas urbanizadas e loteamentos vazios (áreas com implantação de arruamentos, sem domicílios ou com poucos domicílios isolados) do território nacional, totalizando 8.614,62 km². Por sua vez, o Amapá é o estado com a menor área absoluta, somando 151,22 km² de áreas urbanizadas e loteamentos, o que representa 0,33% do total nacional.

“As manchas urbanizadas no Brasil são bastante concentradas e se agregam em torno de si mesmas ou margeando a infraestrutura já existente, como uma estrada, por exemplo”, explica Manuela. “Seguindo o modelo histórico, a distribuição geral das áreas urbanizadas do país demonstra concentração no litoral”, completa a geógrafa.

Nos 443 municípios costeiros, que ocupam 5% da área oficial do território nacional, há uma extensão de 9.166,79 km² de áreas urbanizadas, cerca de 19% do total de áreas urbanizadas do país. Em contraste, ao longo dos municípios da faixa de fronteira, que somam uma extensão de 2.265.046,64 km² (cerca de 27% do território), há 3.803,20 km² de áreas urbanizadas (cerca de 8% do total nacional). Nestes, as maiores concentrações ficam nas zonas fronteiriças da região Sul do país e do estado de Roraima.

Ainda assim, a interiorização das áreas urbanizadas acontece, seguindo em grande medida um alinhamento com vias de circulação, como estradas e cursos de rios, o que é refletido na forma de muitas manchas urbanas. Exemplos desse fenômeno são a concentração urbana de São José dos Campos (SP), alinhada à Rodovia BR-116 (Presidente Dutra), e a concentração urbana de Imperatriz (MA), alinhada à Rodovia BR-010 (Belém-Brasília) e ao Rio Tocantins.

Distrito Federal tem 94,59% de áreas urbanizadas classificadas como densas

O estudo também considerou as proporções de densidade, dividindo as áreas urbanizadas estudadas em densas ou pouco densas – além de registrar os loteamentos vazios. Esta última categoria começou a ser observada na atual edição do mapeamento, e não constitui propriamente uma área urbanizada consolidada, mas sim um indicativo de tendência da urbanização. São áreas alteradas pela ação antrópica, presumivelmente destinadas a serem áreas urbanizadas, com arruamentos bem definidos e delimitados, mas sem edificações ou em quantidade insuficiente para classificação como área urbanizada pouco densa.

Da área total mapeada (48.052 km²) no país, 76,5% foram consideradas urbanizadas densas (manchas de ocupação urbana contínuas que apresentam maior proximidade entre as edificações, com poucos espaços vazios e grande capilaridade de vias); 19,1% pouco densas (edificações espaçadas entre si, típicas das áreas em processo de ocupação de periferias de cidades ou localidades afastadas dos centros urbanos); e 4,4% foram classificadas como loteamentos vazios.

“Onde há mais áreas densas, tende-se também a ter mais áreas pouco densas, pois são fenômenos associados do processo de expansão urbana”, comenta Manuela. A maioria dos estados segue um padrão de distribuição média entre 70% e 80% de áreas densas e 20% e 30% de áreas pouco densas, excetuando-se, por um lado, Piauí, Amazonas, Pará, Acre e Roraima, os quais possuem mais de 30% de suas áreas urbanizadas classificadas como pouco densas, e, por outro lado, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal com mais de 85% de suas áreas urbanizadas classificadas como densas. No caso do DF, essa proporção alcança 94,59%.

Os loteamentos vazios possuem distribuições mais variáveis. Contudo, na análise por Grandes Regiões, é possível notar o destaque da região Nordeste, com 826,19 km² de áreas de loteamentos vazios, ultrapassando em mais de 100 km² a segunda colocada, a região Sudeste, com 646,18 km² de áreas assim classificadas. Os destaques são os estados do Ceará (11,70%), Pernambuco (8,74%) e Piauí (8,49%), apresentando as maiores proporções de loteamentos vazios no total de áreas mapeadas. “Isso pode apontar uma tendência de expansão urbana recente nessas unidades da Federação, é preciso observar nas próximas edições do mapeamento”, argumenta Manuela.

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